Fedra de Pedra
Augusta Schimidt
Era uma vez um país distante habitado por reis, rainhas, príncipes e princesas.
No reino havia uma linda floresta que diziam ser encantada, pois era nela que viviam as fadas e duendes do reino.
Bem no meio da floresta havia um lindo lago azul, todo cercado de florzinhas coloridas e era bem ali o lugar preferido de Fedra a princesinha. Todos os dias a menina caminhava até o lago, apreciava sua beleza, conversava com os pássaros e até se banhava, enquanto brincava com a saparia do lugar.
Certo dia, Fedra encontrou pelo caminho Katita, uma misturinha de bruxinha boa com fadinha que logo a interpelou pedindo que voltasse ao castelo, pois uma bruxa mal humorada havia chegado em sua vassoura e estava em busca de alguém para enfeitiçar.
Fedra toda amedrontada fez seu caminho de volta e se pôs a lamentar.
Se havia bruxa na floresta, não mais poderia passear, encontrar-se com seus amigos e nem no lago se banhar.
Muito triste ficou e do palácio real nunca mais se afastou.
O tempo passou... Fedra ficou uma linda princesa e já adulta resolveu dar um passeio esquecendo–se da tal bruxa malvada dos seus tempos de criança.
Diante do lago lembrou-se com ternura de seus amiguinhos do passado e de repente bem ao seu lado, viu aparecer o sapinho com quem dividia suas tardes de alegria. Imediatamente sentou-se numa pedra e com ele tagarelou até o sol se esconder. De repente um trovão, um raio cortando o céu e não deu tempo para mais nada! Estava diante dela a bruxa mal falada. Elisa Lu soltou uma terrível gargalhada transformando Fedra numa estatua de pedra. O encantamento duraria até que um príncipe de outro reino por ali passasse e por ela se apaixonasse. Triste sorte da princesinha!
Acontece que num reino encantado tudo tem sua magia e naquele mesmo dia um cavaleiro esbelto parou no lago para matar a sede de seu cavalo. Viu a estátua de Fedra e ficou encafifado. Como pode uma beleza dessas haver se petrificado?
Mas só que o cavaleiro não era príncipe nem nada e teve que seguir seu rumo pegando novamente a estrada.
Alguns dias se passaram e a saparia do lago apareceu para brincar e o sapinho, amigo de Fedra olhando a estatua, apaixonado, deu um pulo certeiro e deu-lhe um beijo apaixonado.
No mesmo instante Fedra voltou a ser gente e para sua surpresa, bem na sua frente, o sapinho que foi seu amigo um dia, era agora um belo príncipe. Os dois não se continham de alegria, pois o amor venceu o mal e os dois felizes se casaram e se mudaram para o reino ao lado, pois o sapinho era um príncipe encantado.